terça-feira, 12 de maio de 2015

Refletindo.

Vi uma reportagem neste final de semana que me deixou um pouco intrigado. A reportagem tinha como alvo o vício causado, supostamente, pela universo virtual. Mas, acreditando que a verdade deve ser antes de mais nada, retirada da sua posição originária, observada de forma mais meticulosa, e aí sim seguir adiante com uma nova convicção. Pensem na minha ideia, não como conceito universal, mas como algo singelo que parte de um ponto em busca de outro ponto. Vivemos um esfriamento total. As pessoas a cada dia estão mais voltadas à perfeição, e dentro desta pseudo-perfeição, a dor, o sofrimento, e enfim, os sentimentos estão sendo engolidos por uma bolha falsa. Até mesmo os textos que serviriam de utilidade pública estão sendo vencidos pela fantasia: vejam só o sucesso desse filmes de vampiros, monstros, heróis, etc. é claro que há o desejo pela arte, mas também há um recrudescimento visível do ser humano, que tende a fugir do "Cult", por não suportarem mais a frieza dessa suposta intelectualidade. Haja vista que muitos não chegarão a conhecer um Allan Edgar Poe, que trás da fantasia muito material para os seus contos, mas com uma profundidade de conhecimentos filosóficos tão amplos, que muitos são incapazes de alcança-los. Bem, tirando as exceções, a arte entra em declínio, ou parte para um observador menos exigente. E o que tem a ver tudo isso com o fato de as pessoas estarem não viciadas, e sim inserida numa fantasia que as fazem a cada dia mais distantes do coração? A internet é a ponte, segundo a minha ideia. Num mundo de carências gigantescas, onde nem mesmo um abraço de amor pode ser dado sem causar preconceito, e nem os seres livres podem escolher o caminho a seguirem, a internet afina os meus amigos, e com eles avanço sobre essa frieza do momento. Tento romper com poesia essa bolha triste que se forma tão longe de nós, humanos. Não, não acredito no vício. O que há é a busca pelo calor. A reportagem toma o efeito como causa, ou seja, o "vício" seria o efeito do uso da internet, e não como causa desta solidão interna! A internet usada de forma inteligente, é uma extraordinária ferramente, ferramenta que faz chegar até vocês essa minha ideia, e muitas outras que tentam barrar um pouco este mundo "perfeito".O que acham? abraços Ives vietro

6 comentários:

  1. Amigo Ives, concordo contigo, mesmo porque quem leu muitos livros no passado, (tenho um dos livros de Allan Edgar Poe, O Gato Preto), entende o que queres dizer, pois é, também não acredito no vício, mas na necessidade de comunicação, a busca pelo calor, nem que seja de forma virtual, na bíblia se lê: " até as pedras falarão", entendo que seja a comunicação virtual, a internet, que sendo bem usada é muito bom por sinal!
    A solidão interna se deve ao fato das pessoas precisarem viver correndo para darem conta de seus "recados", viver está sendo assim, não há como mudar!
    Belo texto reflexivo meu amigo inteligente e querido!
    Abraços apertados!

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  2. Vejo a internet como excelente ferramenta de comunicação e de informação diária e busca cultural. Basta que saibamos usá-la. Estreita muitos relacionamentos. Rompe distanciamentos. Enfim, feliz somos por termos esse contato virtual. Ler e compreender textos que sempre nos acrescentam.
    Abraço.

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  3. Que ótimo texto Ives.
    Acredito sim, que depende de cada um saber usar esta ótima ferramenta, que veio pra beneficiar a vida de tantos! Basta não esquecermos também os que estão a nossa volta!
    Abração!
    Mariangela

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  4. Na internet todo mundo é lindo e perfeito né?
    Todo mundo posta as melhores fotos. Mas nem tudo que vemos é real.
    Acredito que as redes escondem uma falsa realidade, tem gente que no mundo real não tem 1 amigo mas no virtual ta pra lá de 1000.
    Isso pq é mais fácil se relacionar pelo computador, vc perde a vergonha, vc é ousado, vc não se expõe tanto.
    Portanto temos que tomar muito cuidado.
    As pessoas no almoço só ficam penduradas nos celulares, ninguém olha em volta para os outros e nem mais se relacionam. Cada um no seu mundinho pequeno e limitado.
    Essa é minha opinião tá?
    Um lindo dia pra vc =)

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  5. a tecnologia existe em função de ser humano que a utiliza e causa os mesmos efeitos bons ou maus segundo as diferentes personalidades...ela não diminui nem acrescenta...facilita e aproxima os que têm interesses semelhantes faculta simpatia, e diminui distâncias...mas também afasta por divergências de opinião, vaidades e desajustes ocultos mal resolvidos...Nada que não aconteça na vida real. Agora , é preciso cuidado para não esquecer o mundo para se perder na fantasia e transformar o instrumento em fuga.
    um abraço

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  6. Adorei e vou levar recortes para remendar por lá, posso?

    Assisti a tal matéria e pensei o quanto essa dependência é a falta de (tantas coisas) que causa o excesso do (celular)

    As pessoas ficam numa de não largar o aparelho, por não alimentarem companhias presenciais, pois ali guardam segredos, ali e não mais no PC está o bichinho do face (que cruzou com o do msn), ali se baixa app até para avisar que você existe, contar seus passos, mandar beber água (ninguém mais tenta lembrar nome de nada, põe no Google).
    No celular estão histórias, informações, imagens, que antes se dividiam em agendas, cartas, álbuns e fotos impressas, músicas e vídeos que estavam em cds, dvds, consultas e transações financeiras que se faziam nas agências bancárias, reuniões de trabalho e as coisas que guardava-se em classificadores, caderno de receitas, lista telefônica...
    As pessoas estão carentes, estão sem limites, estão sem personalidade. Com tanto liberdade e sem fronteiras estão concentrando tudo, rifando, resumindo e se achando espertas.
    O nome não é vício, é: excesso numa ponta e falta na outra ponta.

    E as massas de manobras políticas, religiosas e afins fazem gosto dessa alienação, nesse culpar as tecnologias e redes antissociais, crises.

    Mais Platão e menos Prozac é uma boa solução.
    E tenho dito!

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